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quarta-feira, 1 de agosto de 2012


A propaganda é a alma do con$umo
Modalidade de ensino: Educação de jovens e adultos
Ciclo: IV (8º e 9º ano)
Disciplina: Abordagem interdisciplinar envolvendo: Geografia, Português e Matemática.

1. INICIANDO O TEMA...
De acordo com a explanação da LDB de 1996, sobre a educação de Jovens e adultos, no artigo 37, inciso 1º, esclarece que:
Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. (LDB, 1996)
Partindo do que está proposto na LDB, nos preocupamos em construir um plano de aula em que fosse utilizado com base na realidade dos alunos da EJA (Educação de jovens e adultos). Por essa razão, escolhemos como tema: O consumo. Que está dentro dos temas transversais. Pelo o fato de que nossos alunos são em sua grande maioria trabalhadores, e este tema permanece diretamente relacionado com a realidade dos mesmos.
Já que escolhemos a educação de jovens e adultos, trabalharemos com os ciclos de aprendizagem, que é dividido em 2, 3 ou 4 anos. Os ciclos se contrapõem ao ensino graduado (dividido em séries), argumentando-se que no modelo de escola graduada existe os fatores de reprovação, evasão escolar e distorção de idade-série. Os ciclos respeitam o ritmo e o tempo cognitivo de aprendizagem do aluno, haja vista que são contra a reprovação, mas o aluno que não tiver bom desempenho será retido no final do último ciclo.
A organização da escola em ciclos, é vista também pelos Parâmetros Curriculares Nacionais como uma forma de superar a segmentação produzida pelo regime seriado. Assim, a seriação deu lugar ao ciclo básico, tendo como objetivo favorecer maiores oportunidades de escolarização voltada para a alfabetização das crianças.  
Os Parâmetros Curriculares Nacionais adotam essa forma de estruturação por ciclos, devido ao:
 “reconhecimento de que tal proposta permite compensar a pressão do tempo que é inerente à instituição escolar, tornando possível distribuir os conteúdos de forma mais adequada à natureza do processo de aprendizagem. Além disso, favorece uma apresentação menos parcelada do conhecimento e possibilita as aproximações sucessivas necessárias para que os alunos se apropriem dos complexos saberes que se intenciona transmitir”. (Parâmetros Curriculares Nacionais,1997)

  Desta forma, os Parâmetros Curriculares Nacionais estão organizados em ciclos de dois anos, o primeiro ciclo refere-se à primeira e segunda série; o segundo, à terceira e à quarta série; e assim subseqüentemente para as outras séries. 
Contudo, buscamos um tema que pudesse contribuir e influenciar na realidade dos educandos trabalhadores, este conteúdo está presente  nos Parâmetros Curriculares Nacionais  tratando-se do “Consumo” nos temas transversais, da Unidade “Trabalho e Consumo”, no subtópico “Consumo, Meios de Comunicação de Massas, Publicidade e Vendas”, abordando elementos importantes do sistema produção-consumo na atualidade, como os meios de comunicação de massas, a publicidade e as diferentes técnicas de vendas.
 A partir da discussão sobre os meios de comunicação, a publicidade criando necessidades e divulgando novos padrões de consumo e comportamento, surge nos PCNs a necessidade de refletir sobre a relação entre os meios de comunicação, publicidade, economia e política. A fim de conhecer como se organiza o processo de produção, criação, distribuição da informação, assim como a crescente indústria cultural, possibilitando-nos uma maior reflexão acerca do tema, e de como este pode contribuir no cotidiano dos alunos (as), ocasionando reflexos positivos como: um olhar crítico diante das propagandas, o consumo  de produtos essenciais e/ou necessários e a administração coerente do salário.


2. OBJETIVO GERAL:
Contribuir para a construção de um pensamento crítico nos educandos, a fim de proporcionar-lhes uma conscientização em relação aos malefícios e/ou benefícios do consumismo em suas próprias vidas.

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Refletir sobre os aspectos relativos ao consumo tão presentes em nosso cotidiano, incentivando os educandos a construírem suas próprias concepções sobre temas tais como: dinheiro, economia, trabalho, salário e dívidas.
Promover uma reflexão acerca das relações entre o homem e o produto, fazendo uma retrospectiva histórica das primeiras produções industriais, percebendo os principais reflexos do consumismo na vida humana.
Discutir as influências das propagandas televisivas ou visuais em nosso cotidiano.
Ampliar o vocabulário dos alunos (as), incentivando-os a escrever uma redação, além de criar uma propaganda
Estimular nos alunos um consumismo consciente, partindo de suas reais necessidades diárias.
4. CONTEÚDOS TRABALHADOS:
Os conteúdos que adotamos neste plano de aula, foram organizados da seguinte maneira: conceituais, uma vez que tentaremos construir uma concepção coletiva sobre os temas: Consumo e Consumismo, procedimentais e atitudinais


5. PROCEDIMENTOS DE ENSINO:
1º MOMENTO: Organizando a turma em círculo, o professor abre uma conversa informal com os alunos, discutindo as imagens e as questões propostas no capítulo 2, da unidade 1 do livro: Educação de Jovens e adultos, da coleção tempo de aprender

2º MOMENTO: Utilizando a técnica Phillips 66, iremos construir coletivamente um texto a partir de temas geradores (tais como: dinheiro, economia, trabalho, salário e dívidas), convergindo no tema central que será: As Concepções de Consumo. aspectos positivos e negativos deste.

3º MOMENTO: Apresentação do filme: Histórias das coisas.


4º MOMENTO: Apresentação das propagandas.

5º MOMENTO: Conclusão da construção coletiva do texto.

6º MOMENTO: É hora de comprar! (em grupo)

6. RECURSOS:
  • Fichas em cartolinas com as seguintes palavras: dinheiro, economia, trabalho, salário e dívidas
  • Fichas com numerações (1, 2, 3, 4 e 5)
  • Vídeo: A história das coisas.
  • Propagandas diversas organizadas em Power Point.
  • Imagens de produtos diversos.
  • Placas indicando valores e serviços.

7. AVALIAÇÃO:
Por tratar-se de uma educação em ciclos, a nossa avaliação propõe analisar a capacidade e o desempenho que os alunos (as) irão adquirir após o processo de ensino-aprendizagem, bem como o trabalho pedagógico desenvolvido ao longo deste percurso, não só por meio de uma abordagem quantitativa, mas sobretudo qualitativa, caracterizando-a como avaliação formativa, ou seja, aquela cujo propósito centra-se numa função “mediadora, emancipatória, dialógica, integradora, democrática, participativa etc” (BOAS, 2001).
Nesta perspectiva, os aspectos avaliativos serão considerados em sua conjuntura, na medida em que os conceitos de cada momento serão analisados em sua totalidade, desvinculando-se de uma abordagem tradicional, ou uma avaliação meramente somativa. Sendo assim, consideramos quatro aspectos formativos, são eles: interesse, participação, assiduidade e pontualidade.
Partindo destas considerações, não pontuaremos cada atividade individualmente, pois todas terão um acompanhamento contínuo, no qual professor e aluno são agentes igualmente determinantes neste processo.
Desta maneira, a avaliação será orientada e pontuada da seguinte forma:
1) As duas aulas irão totalizar 5 pontos, no entanto, esta pontuação não terá um caráter classificatório ou excludente, haja vista que para alcançá-la os educandos (as) serão gradativamente orientados, além de estarem cientes do objetivo da aula, de tal modo que os erros servirão como estímulos para que possam avançar. Os outros 5 pontos serão decorrentes de uma auto-avaliação promovida pelos alunos (as).
Valendo salientar ainda, que por ser uma abordagem interdisciplinar, os aspectos centrais das disciplinas serão norteados por três pontos básicos:
- GEOGRAFIA: Capacidade que os alunos (as) terão de diferenciar consumo e consumismo.
- PORTUGUÊS: Resposta adequada em relação ao tema proposto, e coerência textual.
- MATEMÁTICA: Manusear a quantidade de dinheiro corretamente.

2) AVALIAÇÃO INICIAL:
Todo o processo avaliativo das atividades propostas estará em consonância com quatro aspectos, os quais totalizaram 5 pontos:
1º aspecto: O professor como agente observador, em consequência disto, anotará as concepções de consumo e consumismo proferidas pelos educandos no primeiro momento da aula. Estas anotações servirão como critério avaliativo dos conhecimentos prévios dos educandos.
2º aspecto: O Interesse dos educandos no momento em que estiverem construindo os conceitos. Após a conclusão destes, cada grupo ao término da primeira aula, irá recebê-los com as devidas sugestões, para que possam qualificá-los, caracterizando assim, este momento como um feedback, “um guia, uma orientação dos caminhos, que deverá seguir para continuar sua trajetória na construção do conhecimento. Deve, ainda, orientar os alunos e ajudá-los a ultrapassarem as suas eventuais dificuldades, por meio da ativação de seus processos cognitivos e metacognitivos” (RODRIGUES, 2008)
3º aspecto: A Participação dos educandos na construção final do texto coletivo, lembrando que neste momento os erros ortográficos ou as elaborações errôneas das respostas, serão considerados como critério avaliativo, pois os mesmos já estarão com seus conceitos atualizados.
4º aspecto: A Interação dos grupos no momento em que estiverem utilizando o salário, para comprar o que acharem essencial, necessário ou supérfluo, associando estas questões as escolhas corretas dos produtos, bem como o uso adequado do salário, tendo em vista que os educandos já compreendem a diferença entre consumo e consumismo.
3) AVALIAÇÃO FINAL:
Nesta etapa os educandos irão vivenciar o momento da auto-avaliação, a qual totalizará o restante da pontuação, ou seja, 5 pontos.
- COMPETÊNCIAS TRANSVERSAIS:

EMPENHO

Fui sempre muito empenhado nas tarefas (0,5);
Nem sempre fui empenhado nas tarefas (0,2);
Nunca fui empenhado nas tarefas (0).



SOLIDARIEDADE

Fui sempre solidário (0,5);
Fui solidário às vezes (0,2);
Nunca fui solidário (0)



RESPEITAR A OPINIÃO DOS OUTROS

Respeitei sempre a opinião dos outros (0,5);
Nem sempre respeitei a opinião dos outros (0,2);
Nunca respeitei a opinião dos outros (0).




PARTICIPAÇÃO

Participei ativamente nos trabalhos de grupo (0,5);
Participei em alguns trabalhos de grupo (0,2);
Não participei nos trabalhos de grupo (0).


SUPERAÇÂO DAS

DIFICULDADES

Superei sempre as minhas dificuldades (0,5);
Nem sempre superei as minhas dificuldades (0,2);
Nunca superei as minhas dificuldades (0).


                                                                                  
- ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:


PARTICIPAÇÃO ESCRITA

Escrevi sempre com correção e clareza (1,5);
Frequentemente escrevi com correção e clareza (1);
Nem sempre escrevi com correção (0,5);
Nunca escrevi (0)




TRABALHO DE GRUPO

Fui sempre dinâmico e correto (1);
Estive atento e fui correto (0,5);
Fui desordenado e, por vezes, inadequado (0,2);
A minha participação foi prejudicial para o trabalho (0).


http://www.prof2000.pt/users/folhalcino/formar/outros/autoavalia.htm (Algumas alterações foram feitas)       
8. TEMPO PREVISTO:

ETAPAS

TEMPO

1º Momento


2º Momento


3º Momento



4º Momento

5º Momento
.

REFERÊNCIAS

BOAS, Benigna Maria de Freitas Villas. A Avaliação Formativa: Em busca do Desenvolvimento do aluno, do professor e da escola. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro; FONSECA, Marília. As Dimensões do Projeto político Pedagógico. Editora: Papirus, Campinas/SP, 2001.

 

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF. 1997.

 

LDB - Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI No. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. D.O. U. de 23 de dezembro de 1996.

 

RODRIGUES, Edlene do Socorro Teixeira. Aprendizagens através da avaliação formativa, 2008. Disponível em: http://www.pedagogia.com.br/artigos/avaliacaoformativa/index.php?pagina=0

Acessado em: 13 de Junho de 2011


 Trabalho feitos pelo o grupo:  Camila Almeida de Araújo, Diana Dayse do Nascimento Souza, Edna Maria Amâncio, Rayssa Maria Tibúrcio de Brito e Simone Soares Mamede

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